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sábado, 30 de abril de 2011

Amado Deyvid


Permitir que o olhar se acostume com a cena que está para acontecer…
Permitir se permitindo até onde der ou puder desnudando-se dos pudores e temores…
Após acostumar-se é deixar a coisa acontecer sem causa, talvez como algo importante ou simplesmente algo mais que estava prestes a acontecer…
Como se de repente numa densa escuridão eis que a luz retorna e o olhar vai tentando acostumar-se com a clareza…
Por enquanto os vultos vão cultuando o silêncio que imunda a solidão de tantos sós com os sós que preenchem o vazio de todos nós…
Ao acostumar-se com a luz, os vultos vão evaporando-se e transformando-se em sombras alojando-se na lembrança, avivando a memória num avanço bem adiante do daqui a pouco, passado pelo presente, realizado no futuro, lembrado num dia sei lá quando…
Vamos por aí levando nosso eu sem ser quem queremos, aliciados e aliciando em troca de carinho, atenção, independente de tanta tentação…
São gestos, corpos, pessoas, idas, chegadas e ficares…
Vamos ficando por aqui, caminhando por ali, buscando nossa própria caminhada…
Um pouco de medo da velocidade do que é real com uma pitada da fantasia que permeia nossa imaginação…
Um quarto, um gosto, um alguém, ninguém, nós…
Nós num quarto, um gosto, um alguém, nós sem ninguém…
A busca continua, mesmo acompanhados, a peregrinação é certa…
Por que a fome que temos é incapaz de ser ressarcida por mais amor que tenhamos para dar? Por que quanto mais o boom do prazer é jocoso mais queremos gozar?
Porque quanto mais mutilamos nossas fantasias, mais vivemos a sonhar?
Porque quanto mais imaginamos somar, mais subtraímos, por mais que adicionemos, muito mais dividimos e nos dividimos?
Pare, pense e reflita…
Onde chegaremos nessa procissão de busca numa novena infinda?
Quem queremos se todos que nos querem não são em sua metade a quem queremos, mas quem queremos não são em sua maioria quem nos quer?
Pare, pense e reflita…

Mega beijo e Felicidades sempre!

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